Reconstrução do Cristo Redentor 3D com VANT

21 de maio de 2020 | Aerofotogrametria, Georreferenciamento, Modelo 3D

A tecnologia dos Veículos Áereos Não Tripulados (VANTs) e dos drones tem alcançado resultados surpreendentes no campo da topografia, da captação de imagens e da reprodução em 3D, como por exemplo o Cristo Redentor 3D.

Há pouco mais de três anos, com a ajuda de um VANT, foi feita a primeira reconstrução em 3D do Cristo Redentor. A ação era inédita até então, já que a localização e o tamanho do monumento impediam a captação de imagem e dados necessários.

Vale lembrar que o Cristo Redentor, localizado Rio de Janeiro, possui 38 metros de altura e foi construído no topo do morro do Corcovado, com 700 metros acima do nível do mar.

Sua reprodução chamou a atenção do mundo todo por conseguir apresentar exatamente sua beleza, grandiosidade e detalhamento, características essas que fizeram do monumento uma das maiores maravilhas do mundo.

Como se dá a reconstrução em 3D com a ajuda de um VANT

No caso do Cristo Redentor, o VANT foi utilizado para aquisição de dados, além de um software específico de processamento de imagem para a reconstrução 3D. No total, foram seis dias de coleta de dados.

Em 19 voos de dez minutos, o equipamento capturou mais de 3,5 mil imagens, sendo que pouco mais de 2 mil foram utilizadas para a criação do modelo a partir do software.

O que é um drone?  

Para entender a grandiosidade desse tipo de ação que prevê a reprodução em 3D, é importante entender melhor como funcionam os equipamentos que possibilitam esse serviço, os drones e os VANTs. Tecnicamente, todas as aeronaves não tripuladas são VANTs. porém, foi criado o termo popular “drone” que significa “zangão”, por conta do ruído que faz a aeronave do tipo multirotor com hélices. Então, de forma popular, drone é o aparelho multirotor e vant a aeronave com asas fixas, similar a um avião. Ambos podem ter função comerciais e também para fins de pesquisa e experimentos.

Esses equipamentos são controlados remotamente e devem respeitar o Regulamento Brasileiro de Aviação Civil Especial (RBAC) nº 94, apresentado pela Agência Nacional de Avaliação (ANAC), que acaba de completar dois anos em vigor. O documento estipula o quem pode manipular os drones, locais onde é proibido o uso do equipamento, entre outras exigências.

Uso de drones cresce no Brasil

De acordo com os dados da ANAC, o número de drones e VANTs registrados para uso profissional vem crescendo nos últimos anos. Em 2017, eram 11.167 equipamentos sendo utilizados para, entre outras funções, realizar mapeamentos aéreos. Até abril deste ano, esse número já saltou 24.427, o que representa um crescimento de 118%.

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