Topografia com drones: o que é, importância e como funciona

5 de março de 2021 | Aerofotogrametria, Agricultura, Arquitetura, Construção Civil, Mineração, Topografia

A topografia com drones é um mercado em franca expansão na economia global. Motivos para isso não faltam, afinal de contas, até bem pouco tempo, o levantamento topográfico – que é a representação planimétrica ou altimétrica de uma porção de terreno – era feito, basicamente, pelas estações totais GPS fixadas no solo ou mesmo com o auxílio de aviões e sensores caríssimos.

Com o avanço da tecnologia, que hoje possibilita a topografia com drones, a história passa a ser outra. Primeiramente, precisamos lembrar que o levantamento topográfico é de fundamental importância porque representa o pontapé inicial de qualquer obra em desenvolvimento. Esse serviço tem a capacidade de traçar um diagnóstico sobre o estado do solo em que a construção será edificada, a fim de que sua base seja executada da forma mais adequada.

Topografia com drones: o que é

A topografia com drones tem o mesmo objetivo do levantamento topográfico tradicional, a diferença está nas diferentes aplicações de execução e nos resultados que podem ser obtidos. Através desse tipo de Vant (Veículo Aéreo Não-Tripulado), esse trabalho tem um melhor custo-benefício, além de uma maior acessibilidade, eficiência e diagnósticos mais detalhados.

Topografia com drones: importância

Os setores público e privado, evidentemente, já perceberam a importância de adotarem a topografia com drones. São empresas dos segmentos industrial, agropecuário, minerário, ambiental, da construção civil, entre outros. Todos interessados em obter dados mais precisos gastando menos do que com o modelo convencional.

Topografia com drones: como funciona

Mas, afinal: como funciona a topografia com drones? A topografia com drones é feita através da aerofotogrametria, técnica capaz de conseguir milhões (isso mesmo, milhões) de pontos de um mesmo objeto analisado. E tem mais. Como os drones traçam voos mais baixos que os aviões tripulados, esse levantamento obtém alto nível de precisão e fidedignidade do terreno, tudo de forma remota e rápida, mesmo quando estamos falando de grandes áreas.

O MDT pode ser representado através de duas formas: bidimensional (por meio de mapas) ou tridimensional

O MDT pode ser representado através de duas formas: bidimensional (por meio de mapas) ou tridimensional

MDT, MDS e Nuvem de Pontos

Já ouviu falar em Modelo Digital de Terreno (MDT)? A topografia com drones, ao fazer uso da triangulação de pontos expostos do terreno e da classificação de elementos de superfície, consegue obter a representação precisa do objeto de levantamento. Assim, o MDT pode ser representado através de duas formas: bidimensional (por meio de mapas) ou tridimensional (via malha triangular irregular, também conhecida como malha TIN). 

Agora imagine conseguir contar com todos os dados de elementos dispostos na área levantada, incluindo construções ou vegetações presentes no terreno. Este é, justamente, o principal atributo do Modelo Digital de Superfície (MDS), também viabilizado pela topografia com drones. Essa aplicação – o produto gerado pode ser um modelo 3D de nuvem de pontos com alto grau de detalhamento -, pode ser extremamente útil para setores como construção civil, arquitetura e meio ambiente, apenas para citar alguns. 

MDS: o produto gerado pode ser um modelo 3D de nuvem de pontos com alto grau de detalhamento

MDS: o produto gerado pode ser um modelo 3D de nuvem de pontos com alto grau de detalhamento

Listamos oito segmentos da economia que podem se beneficiar por meio da topografia com drones:

  1. Construção Civil;
  2. Meio Ambiente;
  3. Arquitetura;
  4. Mineração;
  5. Indústria;
  6. Agricultura;
  7. Urbanismo

Etapas da topografia com drones

A topografia com drones costuma ser feita com base em oito etapas básicas, as quais, obviamente, devem ser conduzidas por uma equipe e empresa devidamente qualificadas:

– Planejamento de voo: a análise da área a ser levantada. Inclui a definição da resolução de voo (GSD), sobreposições, quantidade de imagens, altura de voo, decolagem, local de pouso e faixas;

– Controle e Check: também conhecido como Plano dos Pontos de Amarração, refere-se à distribuição dos pontos na área conforme suas especificidades e características;

– Coleta dos pontos de amarração: executada através de pontos geodésicos;

– Distribuição dos alvos: aplicadas em voos pré-sinalizados;

– Voo e tomada de imagens;

– Processamento das imagens levantadas;

– Preparação dos dados coletados;

– Geração da base cartográfica: MDT, MDS e ortomosaico georreferenciado.

Conclusão

Quando falamos em levantamento topográfico, precisamos dizer que um erro de planejamento pode custar muito caro. Fatores como a extensão total da área, precisão necessária, acessibilidade e relevo influenciam, diretamente, no custo operacional desse tipo de serviço.

Também não podemos esquecer de questões como tamanho da equipe mobilizada para o trabalho, formato de entrega do resultado e prazo de execução. 

Neste artigo, demonstramos que ao utilizar a topografia com drones, a sua empresa ou órgão público consegue um nível de precisão infinitamente maior, acessa áreas complexas e que representam risco à segurança humana, reduz o tamanho da equipe (em alguns casos basta um único operador) e ainda economiza recursos financeiros.

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